Vivemos numa ilha – SANTIAGO. Uma ilha com 991 km quadrados e pouco mais de 250 mil habitantes. É um território exíguo que mudou o nosso conceito de evasão.
Mesmo assim, sempre que podemos metemo-nos ilha dentro e procuramos quebrar a rotina circular.
Santiago é um território cheio de encantos mas é preciso explorá-lo de coração aberto e generoso.
Há mar; há sol todo o ano e a presença de vitamina D em abundância cria uma espécie de optimismo coletivo que se sente no ar. E isso para nós já é o bastante!
A ilha é uma espécie de medley musical… Funaná, batuque, finasson, tabanka… ritmos tradicionais que se podem ouvir de forma mais ou menos espontânea e são a banda sonora por excelência.
E depois há duas cores… o verde intenso e exuberante na época das chuvas (Agosto a Outubro nos anos bons!) e toda uma paleta de castanhos e ocres no resto do ano.
A mesma ilha, dois cenários diferentes.
Nós já não exploramos Santiago com o olhar do turista que procura o “very tipical” em África. Na verdade, isso até nos irrita um bocadinho 😊 mas, de vez em quando, fazemos o exercício de nos distanciar e olhar a ilha de fora, como se não a conhecêssemos, como se aqui estivéssemos pela primeira vez. E é nesses momentos que a ilha mais nos surpreende.
Dicas rápidas: Santiago é a maior ilha de Cabo Verde. Aqui fica situada a Praia capital do país, a Cidade Velha, património mundial e o Tarrafal que tem uma das melhores praias da ilha. Embora não seja a ilha “do mar azul e areias brancas” Santiago é das mais completas como destino turístico para quem quer conhecer Cabo Verde na vertente cultural, histórica, ambiental e etnográfica.
A não perder: uma roda de “batuque tradicional”; passeio pela Rua Banana na Cidade Velha, a mais antiga rua construída pelos portugueses em África; uma viagem pela costa nordeste entre Praia e Tarrafal para sentir a Ilha. Na Praia obrigatório uma visita ao centro histórico (Plateau) com paragem no mercado municipal e na Kaza Katxupa para deliciar o prato mais tradicional da Ilha. Não deixe de fora do roteiro um mergulho na Quebra Kanela ou na Prainha com tempo para beber uma cerveja nacional Strela (beba com moderação!) e um serão de música ao vivo no Espaço Kaku Alves.